quarta-feira, 21 de novembro de 2007

TCC- PROPOSTA DE LEITURA E ESCRITA - OLÍVIA

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Atividade de Leitura

Disciplina: Educação Artística
Série: 1ª série do Ensino Médio


Proposta de Leitura

1- Ler apenas o nome da obra aos alunos e solicitar que falem o que imaginam ser o tema da mesma.
2- Apresentação da obra de arte e solicitar que os alunos então verifiquem se as predições feitas por ele se confirmam ou não.
3- Conforme o texto, citar sobre os pontos negativos da vida do pintor.
4- Analisar a vida de Claude Monet perante o texto.
5- Analisar as várias crítica que o autor recebeu e compará-las aos dias atuais (natureza).
6- Descrever como era o estilo de pintura de Claude Monet e faça uma relação das características da obra em questão.

Capacidades de Leitura

-Ativação de conhecimentos prévios;
- Predição;
-Checagem de hipóteses;
-Localização de informações explícitas e implícitas;
-Inferência de informações locais e globais;
-Identificação da finalidade da obra;
-Percepção de relações de intertextualidade;

Proposta de Escrita

A classe será dividida em duplas, onde cada grupo deverá:
1- Desenvolver a recriação da obra por meio da observação da obra trabalhada;
2- Escrever uma análise de releitura da obra, porém trocando os pares de cada grupo;
3- Apresentação dos grupos para a classe.

Capacidade de escrita

- Conteúdo: tema de estudo “Impressionismo”;
- Gênero em questão: análise escrita da releitura da obra ;
- Elementos do contexto de produção: alunos, funcionários, enfim, circulação em toda escola.


Texto 1 - Obra de arte: Impressão "Pôr-do-sol" - Claude Monet

Texto 2 - Impressionismo


"Impressão do pôr-do-sol", quando de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, Nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha." . A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pinturahttp://pt.wikipedia.org/wikj/Claude

TCC- PROPOSTA DE LEITURA E ESCRITA - ALESSANDRA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC)

Disciplina: Língua Portuguesa e Literatura
Série: 3ª série do Ensino Médio

PROPOSTA A (LEITURA)

1- Ler apenas o título do texto e elencar qual será o possível assunto do texto;
2- Ler o texto depois de resolvida a primeira atividade e verificar se houve confirmação ou não das hipóteses;
3- Identificar os objetos pessoais do personagem e descobrir a causa do desaparecimento dos mesmos de maneira gradativa;
4- Observar a obra de arte de Monet “Lapontneuf” e encontrar relações texto / obra;
5- Opinar frente a atitude de cada personagem que tentou tomar providências para atender Dario, inclusive a ação final quando lhe é colocado uma vela ao lado;
6- Ler a biografia de Dalton Trevisan (autor do conto “Uma vela para Dario”) e identificar relações quanto aos aspectos das características referentes à data, a escrita do texto, estilo do autor presentes no conto e recursos utilizados por ele.

CAPACIDADES DESENVOLVIDAS

A- Na primeira questão, as capacidades de leitura desenvolvidas são: levantamento de conhecimentos prévios e predição ou levantamento de hipóteses, isto porque a proposta sugere exponha conhecimentos a respeito do tema e também que “tente”, “arrisque” o tema a ser tratado a partir do título. É uma capacidade que lida diretamente com as experiências do leitor.

B- Na segunda questão, a capacidade de leitura desenvolvida é a checagem de hipóteses, dado que a proposta solicita a leitura do texto e que, somente após tê-lo a feita pelo leitor é que se checa os resultados: se elas se confirmaram ou não.

C- Na terceira questão, as capacidades de leitura desenvolvidas são: a localização de informações e a inferência, a partir de elementos presentes no texto (inferências locais), onde o leitor teria que buscar informações ao longo do texto, porém em alguns pontos específicos para que pudesse compreender nas entrelinhas o que a proposta solicitava.

D- As questões 4 e 5 desenvolvem as capacidades de apreciação e réplica do leitor: percepção de relações de intertextualidade, isto porque ambas levam o leitor a analisar outros textos além do já apresentado (obra de arte e a biografia) e perceber relações entre eles;

- Na questão 4 ainda se desenvolve a percepção de outras linguagens: linguagem não verbal (obra de arte);
- Na questão 5 é desenvolvida a recuperação do contexto de produção, etapa em que solicita do leitor uma análise mais profunda quanto aos aspectos do texto desde a sua produção às ideologias de quem o produziu, como e quando produziu.

E- Na sexta questão, a capacidade de leitura desenvolvida é a apreciação de valores éticos e políticos, isto devido levar o leitor a assumir um posicionamento frente aos fatos narrados: um cidadão desconhecido passa mal numa rua movimentada e não encontra quem realmente o socorresse, ocorrendo-lhe a morte num período de duas horas, e ele ali, sem atendimento, sem contar que seus objetos pessoais foram sendo levados gradativamente pelos que ali passavam.



PROPOSTA B (ESCRITA)

Como é do conhecimento de todos vocês, estamos trabalhando o Artigo de Opinião, e como nós, num primeiro momento tivemos contado com a leitura de diversos textos verbais e não verbais “Uma vela para Dario” – Dalton Trevisan e a obra de Arte “Lapontneuf” - Monet onde ficou claro que o tema estaria ligado ao aspecto de falta de solidariedade, cidade grande, individualismo, curiosidade desnecessária, falta de dignidade, roubo. Para se escrever um Artigo de Opinião todos vocês já sabem que é preciso uma questão controversa, então vamos lá:

1- A classe será divida em grupos de quatro alunos cada um onde cada grupo deverá escrever uma questão controversa para cada subtema:
a. Solidariedade;
b. Cidade grande;
c. Individualismo;
d. Dignidade.
2- Cada grupo deverá apresentar para a classe dentro de 15 minutos as questões formuladas.

3- Os grupos, após apresentarem escolherão duas questões mais interessantes para escreverem então o Artigo de Opinião.

4- É o momento da escrita do Artigo de Opinião, escreva e revise –o (peça ajuda a um colega e ao professor );

5- Apresente à classe seu texto e posteriormente será afixado no pátio para os demais alunos.

CAPACIDADES DE ESCRITA

A- A primeira atividade propõe a classe uma retomada nos conteúdos trabalhados, assim a capacidade de escrita desenvolvida diz respeito aos conteúdos;

B- A segunda atividade desenvolve a capacidade de escrita relativa ao gênero em questão, ou seja, foi solicitado que os grupos escrevam uma questão controversa (gênero em questão: Artigo de Opinião);

C- A terceira atividade desenvolve a capacidade de leitura ligada aos elementos de produção, pois devem ser analisadas a questão controversa mais adequada para o contexto apresentado;

D- A quarta e quinta atividades também estão relacionadas ao contexto de produção pois irão envolver todo o conteúdo trabalhado, definir a finalidade do texto (articulação dos conteúdos à estrutura do gênero em questão por meio de pontos de vista) o leitor (colegas de classe e da escola) e a circulação (escola, mais especificadamente, o mural do pátio); ainda, desenvolver a capacidade de escrita ligada aos aspectos formais do texto (momento da revisão gramatical e ortográfica).


TEXTO 1
Uma Vela para Dario
Dalton Trevisan
Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo.Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque.Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espuma surgiram no canto da boca.Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado.A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado á parede - não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.Alguém informou da farmácia na outra rua. Não carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las.Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delicias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso.Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira era de outra cidade.Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes.O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo — os bolsos vazios. Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio quando vivo - só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão.A última boca repetiu — Ele morreu, ele morreu. A gente começou a se dispersar. Dario levara duas horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim. Agora, aos que podiam vê-lo, tinha todo o ar de um defunto.Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não pôde fechar os olhos nem a boca, onde a espuma tinha desaparecido. Apenas um homem morto e a multidão se espalhou, as mesas do café ficaram vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva.Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade e apagou-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair.
Texto extraído do livro "Vinte Contos Menores", Editora Record – Rio de Janeiro, 1979, pág.20.
Texto 2 - Obra de Arte
Laponteuf - Monet




TEXTO 3
Biografia
Nascido em 14 de junho de 1925, o curitibano Dalton Jérson Trevisan sempre foi enigmático. Antes de chegar ao grande público, quando ainda era estudante de Direito, costumava lançar seus contos em modestíssimos folhetos. Em 1945 estreou-se com um livro de qualidade incomum, Sonata ao Luar, e, no ano seguinte, publicou Sete Anos de Pastor. Dalton renega os dois. Declara não possuir um exemplar sequer dos livros e "felizmente já esqueci aquela barbaridade". Entre 1946 e 1948, editou a revista Joaquim, "uma homenagem a todos os Joaquins do Brasil". A publicação tornou-se porta-voz de uma geração de escritores, críticos e poetas nacionais. Reunia ensaios assinados por Antonio Cândido, Mario de Andrade e Otto Maria Carpeaux e poemas até então inéditos, como O caso do vestido, de Carlos Drummond de Andrade. Além disso, trazia traduções originais de Joyce, Proust, Kafka, Sartre e Gide e era ilustrada por artistas como Poty, Di Cavalcanti e Heitor dos Prazeres. Já nessa época, Trevisan era avesso a fotografias e jamais dava entrevistas. Em 1959, lançou o livro Novelas Nada Exemplares - que reunia uma produção de duas décadas e recebeu o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro - e conquistou o grande público. Acresce informar que o escritor, arisco, águia, esquivo, não foi buscar o prêmio, enviando representante. Escreveu, entre outros, Cemitério de elefantes, também ganhador do Jabuti e do Prêmio Fernando Chinaglia, da União Brasileira dos Escritores, Noites de Amor em Granada e Morte na praça, que recebeu o Prêmio Luís Cláudio de Sousa, do Pen Club do Brasil. Guerra conjugal, um de seus livros, foi transformado em filme em 1975. Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas: espanhol, inglês, alemão, italiano, polonês e sueco. Dedicando-se exclusivamente ao conto (só teve um romance publicado: "A Polaquinha"), Dalton Trevisan acabou se tornando o maior mestre brasileiro no gênero. Em 1996, recebeu o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura pelo conjunto de sua obra. Mas Trevisan continua recusando a fama. Cria uma atmosfera de suspense em torno de seu nome que o transforma num enigmático personagem. Não cede o número do telefone, assina apenas "D. Trevis" e não recebe visitas — nem mesmo de artistas consagrados. Enclausura-se em casa de tal forma que mereceu o apelido de O Vampiro de Curitiba, título de um de seus livros. (www.releituras.com/daltontrevisan_bio.asp)

Relatório Científico - Alessandra e Olívia







sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Capacidades de leitura- Proposta A - Capacidades de leitura - Proposta B - Alessandra, Olívia e Aurea

Capacidades de leitura
Proposta A

A leitura a ser desenvolvida já fora levada ao aluno sem uma preparação prévia, onde a leitura assume, nesse contexto, uma mera reprodução de conhecimentos.
1- As três primeiras questões da proposta A exploram apenas a capacidade de localizar informação explícita no texto, isto porque as questões para serem resolvidas bastava uma leitura sem inferências, pois as respostas estavam claramente contidas no texto.

2- A quarta questão explorou a capacidade de posicionar-se sobre fatos narrados, a partir de elementos presentes no texto, no entanto não foram desenvolvidas outras capacidades para que o leitor pudesse ir construindo seu posicionamento, no caso, a proposta apresenta uma solicitação num momento ainda inadequado.


Capacidades de leitura
Proposta B

· A primeira questão da proposta desenvolve a capacidade de estabelecer relações entre o texto (Milagre Brasileiro) e outros (entrevista com a família), explorando-se assim a intertextualidade.
· A segunda questão desenvolve as capacidades de estabelecer relações entre informações contidas no texto e o contexto histórico geral, tanto no passado quanto no presente; ainda, estabelecer relação de causa e conseqüência entre os episódios narrados.

· A terceira questão desenvolve as capacidades de leitura que buscam:
- inferir uma informação implícita no texto: a inferência deveria basear-se em informações globais, pois o texto traz muitas informações que desencadearam o fato, além do necessitar ter o conhecimento do vocábulo “milagre” para encontrar seu sentido figurado no texto;
- o reconhecimento de efeito de sentido decorrente de determinadas escolhas lexicais: “isso foi um milagre”, “isso parecia de fato um milagre”, ou seja, o leitor deveria utilizar dessas expressões para tentar compreender o texto;
- inferir, a partir de elementos presentes no texto, o posicionamento do autor: isto posto que, o leitor deverá perceber o posicionamento do autor, mais claramente no final do texto, onde coloca de maneira até meio irônica seu ponto de vista;
- estabelecer relações entre informações presentes no texto: o leitor deverá perceber que um acontecimento vai dependendo do ao outro gradativamente: chegada da indústria automobilística e crescimento industrial; importação ampliada para atender a demanda interna... ;
- estabelecer relações de causa e conseqüência entre os episódios narrados: (no caso, preenchimento da tabela e a pesquisa solicitada): é uma atividade que realmente confirma a compreensão ou não do texto, visto que busca comparar períodos diferentes da história.


TCC - Relato Comentado - Alessandra

RELATO COMENTADO


TEXTO I - Se um viajante numa noite de inverno
Ítalo Calvino - 1999

O autor inicia o texto como se assumisse uma terceira pessoa, preparando o leitor para a própria leitura, numa espécie de metalinguagem, estimula-o a ler o livro, sugere por meio de vários verbos e a todo momento que encontre a melhor posição para a leitura “estique as pernas, acomode os pés numa almofada”, aconselha o leitor a tomar todas as providências possíveis para que a leitura não venha a ser interrompida: “ regule a luz”, “deixe o cigarro e o cinzeiro ao alcance das mãos”, enfim, ele se lembra até do xixi, parecendo já ter intimidade com o leitor e tão sabiamente conhecedor da sua rotina, inclusive de que o leitor é uma pessoa sem muitas expectativas, no entanto que pára um momento renunciando a tantas outras coisas (citadas até mesmo neste início do livro) e se propõe a ler um livro.

Comentários
O início do texto não sugere as possíveis tramas que o título nos remete. O autor utiliza uma linguagem cotidiana, clara, no entanto requer um leitor mais experiente e que goste do estilo apresentado por ele (estilo presente em outras obras do mesmo autor), num tecer de idéias que vão se adicionando e fazendo o enredo avançar, o autor brinca com as palavras, e por meio delas, com o leitor, de maneira que ele vai sendo preparado para a leitura ao mesmo tempo em que já lê. A escolha lexical permite concluir que o leitor é uma pessoa que já possui hábitos de leitura ou que aprecia um estilo mais intelectual, ou que pelo menos ostenta em casa objetos que evidenciam a conclusão “poltrona, globo terrestre, escrivaninha, piano”. O livro de Calvino tem como finalidade emocionar, divertir, enfim, é uma leitura que brinca e estimula a fantasia. Na verdade, acredito que seja propósito do autor criar toda essa expectativa no início do texto porque sabe que atualmente são inúmeros os motivos que não nos deixam ler e a voz que aparece dando todas as instruções a serem seguidas as fazem como se generalizando todos os leitores.





TEXTO II - O Milagre Brasileiro
Boris Fausto - 1999

O texto “O milagre brasileiro” relata um período histórico entre 1969 a 1973 onde os fatores econômicos porque passavam o país nesta época foram determinantes nos rumos futuros do país, que segundo o autor, teve influências negativas.
Segundo o autor, quem esteve à frente de todo um planejamento denominado “Milagre Brasileiro” foi Delfin Neto que objetivava beneficiar-se de uma economia mundial que disponibilizava amplamente recursos financeiros, que foram injetados no Brasil (daí o aumento da dívida externa), e crescendo paralelo a ela o investimento do capital estrangeiro (indústria automobilística) expansão também do comércio exterior: importação de determinados bens para suprir o crescimento interno, principal mente o petróleo e a exportação com condições favoráveis proporcionando um aumento da capacidade de arrecadar tributos por parte do governo reduzindo o déficit público e a inflação.
O texto vai despindo com tamanha argumentação todas a etapas do projeto “miraculoso” chegando ao final sendo acrescidas às ideologias do próprio autor, momento em que faz citações a respeito das conseqüências já naquele momento e como se antecipasse um futuro, e inicia enumerando: salários de trabalhadores comprimidos, abandono dos projetos sociais pelo Estado, má qualidade de saúde, educação e habitação, fatores que segundo o autor, que medem a qualidade de vida de um povo.


Comentários
O início do texto traz como título um momento da história brasileira (1969 a 1973), no entanto um leitor sem conhecimento prévio não faria predições corretas sobre ele. O texto apresenta uma linguagem culta, utiliza linguagem específica (vocábulos) de algumas áreas do conhecimento (déficit, capitalismo, economia, inflação, o que torna o texto mais destinado a um público ligado á política, história, economia), enfim, públicos estes que utilizam informações presentes no texto para pesquisa. O autor é um historiador e por ser um ser político, mesmo lidando com fatos reais, exprime ao longo dos parágrafos ideologias próprias ou assume a voz do povo brasileiro sobre os acontecimentos “A política de Delfim tinha o propósito de fazer crescer o bolo para só depois pensar em distribuí-lo”. Ora, nas entrelinhas, o autor denuncia a façanha do projeto. Mesmo o texto sendo de uma linguagem científica, deixa em muitas palavras ou no conjunto delas dizeres em entrelinhas, isto porque o autor o constrói num viés que permeiam opiniões, mais presentes ainda quando finaliza o texto que menciona a palavra “ecologia”, que pelo contexto, estaria fora de repertório, acredito que o autor buscou chocar o leitor com um tema polêmico e que, no entanto não fazia parte dos planos do Estado, que era então guiado pelos cérebros de Delfim Neto (Ministro da Fazenda) e Emílio Garrastazu Médice (Presidente da República) naquela época.


TEXTO III - Podemos conhecer o universo? – Reflexões sobre um grão de sal
Carl Sagan - 1979

O texto aborda dentro dos seus quinze parágrafos uma reflexão acerca do conhecimento do universo, que segundo o autor, é incognoscível e para provar a tese defendida por ele, lança a todo o momento questões desafiadoras ao leitor que se resumem, de certa forma da não compreensão de todos até mesmo de um grão de sal, considerada uma das partículas menores do universo.
O autor, ao apresentar os argumentos vai utilizando fatos cotidianos que muitas vezes, segundo ele, passam despercebidos aos olhos dos leigos, o que na verdade é um fazer científico e que muitas vezes não se chega a uma explicação. Afirma ainda que, no momento em que um indivíduo pára por um instante e começa a pensar em como as coisas acontecem, este indivíduo está fazendo ciência, que a ciência seria cognoscível se todas as leis naturais tivessem o mesmo grau de regularidades, no entanto, nem todas as leis naturais podem ser compreendidas, daí que o universo passa a ser incognoscível.
Ao final do texto, o autor admite gostar de como é o Universo: um tanto já conhecido do homem e um tanto ainda por conhecer, desconhecido, e que este extraordinário equilíbrio é que sustenta o Universo ser um lugar ideal para viver.

Comentários
O texto apresenta uma linguagem científica que exige experiência do leitor para que o texto seja compreendido como tal, devido utilizar um conjunto de vocábulos próprios do tema a ser tratado, mesmo que o autor tenha utilizado uma linguagem mais acessível, além de promover uma reflexão filosófica que vai tecendo o texto de forma que um leitor sem conhecimentos prévios ou específicos não conseguiria ver no texto tão grande relevância. O autor, que era um divulgador da ciência vai provando a cada parágrafo os subtemas ao mesmo tempo em que exprime seus pontos de vista “Além de difamar os polinésios (que foram intrépidos navegadores e cujo breve descanso no paraíso está agora chegando ao fim)...“. Utiliza o verbo na primeira pessoa do plural (como se o leitor fosse testemunha, cúmplice do que o autor afirma). Cita conceitos de determinadas áreas do conhecimento: “I Guerra Mundial”, “sódio, cloro”, “rotação”, “decimal, unidade”, “velocidade da luz”, “Teoria Especial da Relatividade”, enfim, vocábulos que definem a finalidade do texto que é de levar informação (divulgação científica) e propiciar a pesquisa.
É interessante também observar que, o autor, mesmo sendo um defensor da ciência, afirma numa sutileza incomparável que o senso comum (conhecimento empírico) e a intuição não são totalmente confiáveis, assim como a ciência nem sempre encontra regularidades para explicar as leis naturais; que ao final do texto o estudioso afirma gostar do Universo como ele é: conhecido e desconhecido, que pode ser interpretado como alguém que admite ter limitações frente a algo tão grandioso. Talvez estes aspectos são alguns dos que caracterizam Carl Sagan como poucos: capacidade de cativar a imaginação de milhões e de explicar conceitos difíceis em termos compreensíveis, segundo Francisco Saiz (2000).

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Podemos conhecer o universo? Relatório sobre um grão de sal - Carl Sagan


Comentário: Carl Sagan traz este texto como uma concepção do que é o Universo, que ele representa para o ser humano e como podemos compreendê-lo sendo ele tão vasto e cheio de particularidades. Um grão de sal que é considerado de tamanho pequeno, ele relaciona os dois e demonstra que, apesar da diferença entre suas proporções ambas possuem uma alta complexidade.
Antes de querermos entender ou conhecer o universo que é imenso, onde agimos mecanicamente, que quando nos deparamos com ouros tipos de textos, queremos levalos para dentro do nosso contexto, para a nossa esfera de conhecimento ou a área do nosso trabalho.
O autor consegue passar sua mensagem aos leitores fazendo uso de recursos como ciência e a química, conseguindo colocar o leitor para refletir e chegar a uma conclusão sobre o problema posto em questão.
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Avaliação Final - Olivia

Se um viajante em uma noite de inverno – Ítalo Calvino

Na introdução do texto o autor quer que o leitor se acomode confortavelmente e faz sugestões de posições mais cômodas e, curiosamente, entre elas, está à idéia de ler na sela de um cavalo, com o livro apoiado na crina do animal, preso às suas orelhas por um arreio especial.
Este livro trata da leitura, trazendo-a como uma ação prazerosa de se realizar. Julga que o leitor é do tipo que não espera nada de nada, não tem expectativas e, que por fazer tantas renúncias em sua vida, acredita que seja certo, conceber a si mesmo, o prazer da expectativa num âmbito bastante circunscrito que é o livro, pois, nos livros, as coisas podem ir bem ou mal, mas o risco da desilusão não é grave.
Comentário: O texto de Ítalo Calvino é ótimo, ele avisa o leitor para que se prepare confortavelmente para ler o livro e, que não esqueça de nada que poça atrapalhar sua leitura, pode ser um aviso de que o livro irá envolvê-lo, de tal modo, que ele não irá querer parar de ler por nada, o leitor é uma pessoa que não cria expectativas no mundo real.


O Milagre brasileiro – Fausto Boris
O texto do milagre brasileiro foi um período de extraordinário crescimento econômico na história política deste país, se caracterizou por ampla disponibilidade de recursos financeiros, crescimento industrial, aumento das importações e exportações.
Essa política prejudicou trabalhadores de baixa qualificação, que prestavam seus serviços a salário muito baixos, enquanto que trabalhadores bem qualificados, eram super valorizados.
O Brasil ficou conhecido no exterior por ter posições de destaque pelo seu potencial econômico em contraste com indicadores de baixa qualidade de vida da população.
Comentário: O autor aborda história da economia brasileira hoje, de forma irônica percebemos que enfrentamos conseqüências de ações mal planejadas naquela época: a devastação da natureza, problemas sociais, entre outros, demonstrando como a política era controlada e a crise social em que o país se encontra em razão dos projetos do governo para o desenvolvimento econômico não preverem o consumo sustentável em contraste com uma sociedade que desde aquele período já ansiava por melhores condições.