segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Gêneros discursivos - Alessandra e Olívia

Relato de Experiência Científica (Indústria)
A categoria de Relatos de Experiência na Indústria tem o objetivo de proporcionar uma oportunidade de exposição da perspectiva das empresas, para estimular o diálogo e estreitar o relacionamento entre academia e indústria. Assim, membros da indústria submetem relatos com as suas experências. Nesta categoria, apenas serão aceitos relatos cujo autor principal estiver representando uma empresa, privada ou pública, e esta tenha autorizado a menção de seu nome/marca e endereço no campo de identificação dos autores do artigo. Não são aceitos relatos resultantes de estudos acadêmicos de funcionários que não representem a efetiva atividade da empresa.
Romance Policial
Mestranda UFRJ
O romance policial tem suas normas; fazer “melhor” do que elas pedem é ao mesmo tempo fazer “pior”: quem quer “embelezar” o romance policial faz “literatura”, não romance policial.
Tvetan Todorov. As estruturas narrativas.
Em linhas gerais, o romance policial é um tipo de narrativa que expõe uma investigação fictícia, ou seja, a superação metódica de um enigma ou a identificação de um fato ou pessoa misteriosos. Toda a narrativa policial apresenta um crime e alguém disposto a desvendá-lo, porém nem toda a narrativa em que esses elementos estão presentes pode ser considerada policial. Isto porque além da necessidade de um crime, é preciso também uma forma de articular a narrativa, de estabelecer a relação do detetive com o crime e com a narração. Para tratarmos da classificação dos tipos de narrativa no interior do gênero policial, tomaremos como ponto de partida o romance policial clássico ou romance de enigma. A busca de sua solução será o objetivo do agente responsável pelo esclarecimento do enigma, o detetive. Segundo Tvetan Todorov em “Tipologia do Romance Policial”, a clássica narrativa de enigma oferece sempre duas histórias distintas: a do crime – concluída antes do início da outra – e a do inquérito. Nesta, pouca coisa acontece e os personagens encarregados da descoberta do criminoso, apenas observam e examinam os indícios deixados pelo assassino, não realizando nenhum tipo de ação fora dos limites da racionalização lógica. O relato da investigação geralmente fica a cargo de um companheiro do detetive, como, por exemplo, o Dr.Watson que narra as aventuras do mais famoso detetive de ficção Sherlock Holmes, que só apareceria nos fins do século XIX. Nesse tipo de narrativa, o enredo se arma com base em cenas progressivas de suspense que desencadearão, ao final, na descoberta do criminoso. Durante a investigação, porém, nada que ponha em risco a integridade física do detetive poderá acontecer. Esta é uma das regras do gênero que postula a imunidade do detetive. Uma vez que os personagens nesse momento não agem, mas tiram conclusões sobre uma ação passada, a narrativa é elaborada em forma de memória, diminuindo, em princípio, as possibilidades do detetive ser atacado ou morrer no desenrolar da estória. A estrutura básica de todo romance de enigma clássico serão essas características de cada uma das duas estórias, estrutura esta que enfatizará, não o crime da primeira estória, mas a forma de investigação do detetive sobre a ação passada e a forma de condução do inquérito da segunda estória.
Charge jornalística
Uma das características essenciais do gênero “charge “ é a articulação que existe entre diferentes linguagens, especialmente a verbal e a visual, ao analisar textos humorísticos da mídia escrita (jornal, revistas, etc), ao mesmo tempo em que fizemos um recorte para um estudo mais detalhado, ao atrair a atenção do leitor, o texto com imagens transmite um posicionamento crítico sobre personagens e fatos políticos cujo objetivo é a crítica humorística de um fato ou acontecimento específico, em geral de natureza política.
A boa charge deve procurar um assunto atual e ir direto onde estão centrados a atenção e o interesse do público leitor, faz crítica a um personagem, fato ou acontecimento político específico.

Boletim avaliatório escolar
Uma das tarefas mais difíceis da escola refere-se à avaliação. Pode ser expressa com conceitos, números ou letras. Atribuir nota às crianças ou aos adolescentes é sempre complexo. Sabe por quê? Eles não são depósitos de informações passíveis de serem medidas e calculadas matematicamente. Seu filho é mais: tem desejos, ansiedades, predisposição a determinadas áreas e desinteresse por outras ou pode, simplesmente, estar atravessando momentos difíceis e especiais. Questões como estas fazem diferença quando pensamos nas notas tradicionais, resultantes de avaliações formais que, muitas vezes, causam angústia e frustração.Nota não é puniçãoNo processo de aprendizagem e avaliação há mais do que conteúdo acadêmico a ser levado em conta: habilidades desenvolvidas, o prazer pelo trabalho, a colaboração entre os colegas, as tarefas cumpridas no tempo pedido e a autonomia conquistada durante as atividades. Elementos que dependem de uma apurada observação e intervenção do professor. Avaliar é levar em conta um processo maior do que o resultado de uma prova ou de uma atividade escolar. Nesse percurso, muitas vezes entra em jogo o próprio trabalho desenvolvido pelo educador. Exige sensibilidade, autocrítica e discernimento. Por isso, não fique tão inquieto com notas e conceitos. Não veja o boletim como o retrato numérico de seu filho. É apenas a constatação de como ele está assimilando informações num determinado momento.. Há, inclusive, uma busca constante pelo melhor método de avaliação que esteja adequado às novas propostas educacionais. Avaliação é apenas mais um instrumento da aprendizagem, não de punição. * Norma Leite Brandão é pedagoga e educadora da VERCRESCER assessoria educacional.

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